Essas histórias - mesmo as culinárias - devem sempre começar de longe. Afinal, a trama - ficou no passado, o desfecho - chegou agora. E, seria melhor não vir, porque agora, eu provei, e a pergunta me atormenta: o que foi? Não é um conto de fadas sobre o rei nu? Por que todo mundo estava elogiando, mas eu não gosto tanto que tenho certeza de que não deveria ter tentado?
Bem, ok, vamos voltar aos nossos carneiros (esta é uma expressão, se for o caso), mas na verdade - para jam.
Quando criança, aconteceu de ofender muito uma certa senhora. Ou ela era parente de uma pessoa muito distante (bem, oh-oh-muito distante) ou uma amiga - também distante, de nossa família, mas ela apareceu apenas uma vez.
Sem ser convidado, inesperado, de madrugada (assim que começaram a andar os transportes públicos), com uma mala grande a postos e disse: e vou te visitar! Naquela época, não era costume fazer uma visita de mãos vazias, por isso os presentes ficavam escondidos na sacola. E a maioria dessas guloseimas são bancos.
Os potes escondiam geleia. Um tipo, um tipo.
- Abobrinha! - A senhora anunciou com orgulho, e eu... Recusei-me a comê-lo. E meu irmão, na minha opinião, também. Tínhamos certeza - abobrinhas são boas no caviar de abóbora, bem, ou guisado - com tomates, pimentões, com ervas, no verão. E no inverno, mas cozido com açúcar - bem, para o inferno com isso!
A senhora ficou muito ofendida conosco - dizem, ela arrastava e arrastava, mas você não comia, e todo o tempo dela hospedando-se, não choramingava, ficava rolando, persuadida a experimentar uma colher - dizem que é delicioso. Nós resistimos com a firmeza dos soldados de chumbo.
Passaram-se trinta (ainda mais alguns anos), durante este tempo tentaram muitas vezes regar-me com geleia de tutano, e por fim decidi experimentar.
Sento e tento entender: por que eles o amam?
A resposta é uma só: simplesmente porque as abobrinhas estão disponíveis, elas crescem de modo que no final do verão as pessoas não sabem mais o que cozinhar com elas. E seu sabor é completamente neutro. Eu até compararia a abobrinha com a soja: elas tomam o sabor do produto que acompanha.
Esta compota é feita de acordo com a "receita clássica", como me disseram:
• Quilograma de abobrinha
• Quilograma de açúcar
• Um limão
• Meio copo de água
E tem gosto... apenas o gosto de xarope de açúcar com limão. É muito plano e áspero. Limão, açúcar, em algum lugar no fundo algo “como” irrompe, não açúcar-limão, mas tudo isso está obstruído com aspereza do limão e açúcar açucarado.
Você sabe, polvilhe o limão com açúcar e deixe-o fermentar para que comece o suco - e isso vai ser mais saboroso do que mexer em cozinhar geléia de abóbora. A única coisa é que as abobrinhas nele são engraçadas. Podem ser mastigados, são firmes e não rastejam. Então, para essa estrutura das próprias abobrinhas - definitivamente uma vantagem.
Mas…
Não experimento há trinta anos e... teria sido melhor se eu não tivesse tentado de todo. Esta é minha opinião, para alguém, talvez, essas sobremesas doces e açucaradas entrem.
PS. Se gosta de compota de abobrinha, conte-nos como cozinha e do que gosta exatamente?